1- Por convenção, considera-se que o valor normal da força gravítica, ao nível médio das águas do mar, é 0 (zero). As anomalias gravimétricas acima e abaixo de 0 (zero) são, respectivamente, positivas ou negativas. Este método revela-se importante na pesquisa de recursos naturais cuja densidade é bastante diferente da das rochas encaixantes.
Aplicando o método gravítico sobre a superfície terrestre é possível identificar a presença de materiais mais ou menos densos no interior da crusta, pois eles são as causas das anomalias gravimétricas. Considera as situações A, B e C da figura seguinte.
Situação A - Existe um doma de sal-gema de densidade
em contacto com rochas
densas. À superfície, na zona correspondente à posição do doma de sal-gema, verifica-se uma anomalia gravimétrica
.
Situação B - Existe um maciço magmático em profundidade de densidade
em contacto com rochas
de baixa densidade. Devido a uma
ocorreu um abatimento. No local da superfície correspondente à zona em que existe uma
espessura de rochas sedimentares de baixa densidade, há uma anomalia gravimétrica negativa.
Situação C - A existência de uma concentração de um minério de ferro
denso do que as rochas encaixantes faz com que à superfície se verifique uma anomalia gravimétrica
, ou seja, superior ao valor normal.
2- O estudo das propriedades magnéticas de lavas solidificadas, nomeadamente de amostras de basalto retiradas dos fundos oceânicos, mostra que o campo magnético tem mudado periodicamente a sua polaridade, ou seja, o Pólo Norte magnético, que está actualmente próximo do Pólo Norte Geográfico - polaridade normal - já esteve, no passado, próximo do Pólo Sul Geográfico - polaridade inversa. A mudança de uma polaridade normal para uma polaridade inversa designa-se por inversão do campo magnético terrestre.
Percorrendo os fundos oceânicos com um magnetómetro verifica-se que a intensidade do campo magnético em determinadas zonas é superior à intensidade média actual, anomalia positiva, e noutras zonas é inferior, anomalia negativa. Estes dados permitem traçar o perfil magnético desses fundos.
Considera a figura, que representa o perfil da polaridade magnética do fundo do Oceano Atlântico Norte, a 45º de latitude, numa faixa de 100 km a partir da dorsal.
A disposição
das inversões de polaridade magnética registadas na porção da crusta oceânica de ambos os lados do
são perfeitamente compreensíveis.
A lava, oriunda do
[?] ,
ao chegar à superfície, originando
[?] , que alastra para um e para o outro lado, constituindo o
. Ao dar-se o arrefecimento e a solidificação, os cristais
de acordo com a polaridade do campo magnético terrestre nesse momento. Se posteriormente ocorrer uma inversão do campo magnético terrestre, a crusta oceânica formada durante esse período regista uma polaridade
da primeira. Assim se vão formando bandas
com
alternadamente normal e inversa.
As anomalias
verificam-se nas zonas em que a crusta tem polaridade idêntica à do campo magnético actual e as anomalias
verificam-se em zonas em que a polaridade é inversa.
O Paleomagnetismo apoia a formação dos fundos oceânicos a partir dos
e a hipótese da
.