A evolução do esgana-gata

O esgana-gata - Gasterosteus aculeatus (Lineu, 1758) - é um peixe morfologicamente inconfundível, com um comprimento máximo de 6 cm – mede normalmente 4 a 5 cm em adulto. Possui muitos predadores e, consequentemente, algumas defesas, como a presença de espinhas dorsais e uma série de placas ósseas, que substituem as escamas, situadas em ambos os flancos, ao longo do corpo. A ampla distribuição mundial do esgana-gata e a grande variedade de ecossistemas que habita, fazem com que seja uma espécie altamente variável, morfológica e geneticamente. As figuras A e B representam duas formas extremas: espinhas dorsais desenvolvidas e couraça de placas ósseas completa (A) e espinhas dorsais pouco desenvolvidas e ausência de placas ósseas (B). Durante a época reprodutiva, os machos, de cores vermelhas intensas, atraem uma ou mais fêmeas ao ninho que constroem, através de movimentos rituais (cortejo), onde cada uma deposita 50 a 100 ovos, que são posteriormente fecundados e protegidos pelos machos. Estes, que também protegem a prole durante um período variável, acabam por morrer, tal como as fêmeas, no final da temporada reprodutiva. Normalmente, estes pequenos peixes vivem geralmente no oceano, mas, tal como o salmão, sobem os rios para desovar. Como os glaciares recuaram no fim da última Era glaciar - que ocorreu em entre dez a vinte mil anos atrás - uma série de lagos começaram a formar-se no hemisfério norte, e muitos esgana-gata mudaram-se para eles. Inicialmente, os lagos estavam ligados aos oceanos por córregos e rios, mas como os glaciares recuaram, as saídas dos lagos fecharam, deixando-os isolados. Os animais presos, desta forma, começaram a viver e evoluir exclusivamente em água doce.




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